Redes que conectam computadores em uma área limitada como uma casa ou um edifício de escritórios. ARCnet, Token Ring e outros padrões de tecnologia foram utilizados no passado, mas Ethernet e Wi-Fi são as duas tecnologias mais comuns para redes locais.
1.1 Ethernet
Em 1973, os pesquisadores Bob Metcalfe e David Boggs, do Xerox Corporation's Palo Alto Research Center (mais conhecido como PARC), criaram e testaram a primeira rede Ethernet. Metcalfe tentava conectar o computador "Alto" da Xerox a uma impressora e acabou desenvolvendo um método físico de cabeamento que conectava os dispositivos na Ethernet. Ele também criou os padrões de comunicação em cabos. Com o amadurecimento das redes, o padrão Ethernet cresceu para agregar novas tecnologias. Mas os mecanismos de operação de todas as redes Ethernet atuais se baseiam no sistema original de Metcalfe.
O conceito de ethernet se baseia na comunicação compartilhada por um único cabo para todos os dispositivos da rede. O dispositivo conectado ao cabo tem a capacidade de se comunicar com qualquer outro dispositivo, permitindo que a rede se expanda para acomodar novos dispositivos sem ter de modificar os dispositivos antigos. O nome ethernet vem da ideia de pontos da rede enviando mensagens (pacotes), através de um cabo comum ou canal, chamado de éter (ether), sendo uma referencia ao éter luminífero. Cada ponto tem uma chave de 48 bits única, conhecida como endereço mac, que assegura que todos os endereços dessa rede tenham endereços distintos.
Dados gerais:
1.2 Token Ring
Desenvolvida pela IBM em meados de 1980, opera a uma velocidade de transmissão de 4 a 16 Mbps, utilizando como meio de transmissão o par trançado, sendo que, o protocolo token funciona passando uma permissão de transmissão para cada estação do anel consecutivamente e essa permissão fornecida pelo protocolo é chamada de token (bastão ou ficha de passagem) a qual vai passando de estação em estação na rede.
Diferentemente das redes Ethernet que usam uma topologia lógica de barramento, as redes Token Ring utilizam uma topologia lógica de anel. Quanto à topologia física, é utilizado um sistema de estrela parecido com o 10BaseT, onde se tem hubs inteligentes com 8 portas cada ligados entre si. Tanto os hubs quanto as placas de rede e até mesmo os conectores dos cabos têm que ser próprios para redes Token Ring. Existem alguns hubs combo, que podem ser utilizados tanto em redes Token Ring quanto em redes Ethernet.
O custo de montar uma rede Token Ring é muito maior que o de uma rede Ethernet, e sua velocidade de transmissão está limitado a 16 mbps, contra os 100 mbps permitidos pelas redes Ethernet. Porém, as redes Token Ring trazem algumas vantagens sobre sua concorrente: a topologia lógica em anel é quase imune a colisões de pacote, e pelas redes Token Ring obrigatoriamente utilizarem hubs inteligentes, o diagnóstico e solução de problemas é mais simples. Devido a estas vantagens, as redes Token Ring ainda são razoavelmente utilizadas em redes de médio a grande porte. Contudo, não é recomendável pensar em montar uma rede Token Ring para seu escritório, pois os hubs são muito caros e a velocidade de transmissão em pequenas redes é bem mais baixa que nas redes Ethernet.
A transmissão de dados em redes Token também é diferente. Ao invés de serem irradiados para toda a rede, os pacotes são transmitidos de estação para estação (daí a topologia lógica de anel). A primeira estação transmite para a segunda, que transmite para a terceira, etc. Quando os dados chegam à estação de destino, ela faz uma cópia dos dados para sí, porém, continua a transmissão dos dados. A estação emissora continuará enviando pacotes, até que o primeiro pacote enviado dê uma volta completa no anel lógico e volte para ela. Quando isto acontece, a estação pára de transmitir e envia o pacote de Token, voltando a transmitir apenas quando receber novamente o Token. Indústrias utilizam este tipo de rede em suas linhas de montagem.
Evolução da velocidade da rede Token Ring:
1.3 FDDI
Com a finalidade de desenvolver uma rede de alto desempenho de propósito geral (FDDI), o grupo de trabalho ANSI (American National Standard Institute) X3T9. 5 foi formado, em 1980, o qual adotou a estrutura do projeto IEEE 802 para redes locais.
Características:
Evolução do FDDI – FDDI II:
1.4 Wi-Fi (IEEE 802.11)
As redes sem fio estão se tornando cada vez mais populares pela sua facilidade de instalação/configuração. A tecnologia wireless (sem fio) é uma alternativa às redes locais cabeadas ou pode ser usada como uma extensão da rede cabeada utilizando radiofrequência (RF). Também chamado de Wi-Fi, define os padrões para funcionamento de redes sem fios por meio de radiofrequência. Sua arquitetura foi criada para funcionar como link final entre o usuário, sem fio, e a rede, com fios, cabos, switches, roteadores etc.
A comunicação ao longo da rede sem fio é muito parecida com a comunicação de rádio emissor-receptor. Funciona assim: o adaptador sem fio para computador traduz os dados na forma de um sinal de rádio e os transmite usando uma antena. Então o roteador sem fio recebe o sinal e o decodifica. Depois envia a informação para a Internet usando uma conexão física Ethernet com fios. O processo também funciona ao contrário, com o roteador recebendo informação da Internet, traduzindo-a na forma de sinal de rádio e enviando-a para o adaptador sem fio do computador.
Padrões:
1.4.1 802.11a
Opera em taxas de até 54Mbps, utiliza a tecnologia OFDM para gerar osinal. Este padrão foi criado em conjunto com o padrão 802.11b. Não existe uma comunicação com o padrão 802.11b pois o padrão 802.11a utiliza a frequência 5Ghz.
1.4.2 802.11b
Criado em julho de 1998, este padrão só foi aprovado em setembro de 1999. Este utiliza a tecnologia spread spectrum DSSS operando com taxas de até 11Mbps.
1.4.3 802.11g
Este padrão é uma extensão do padrão 802.11b. Apesar de existir uma compatibilidade entre estes padrões por trabalharem na mesma faixa de frequência, há uma diferença entre eles pois o padrão 802.11g utiliza OFDM ao invés do DSSS. A tecnologia de transmissão OFDM por ser mais eficiente chega a uma taxa de transmissão de 54Mbps.
1.4.4 802.11i
Este padrão foi homologado em julho de 2004. O IEEE 802.11i diz respeito aos mecanismos de autenticação e privacidade sendo seu principal protocolo conhecido como RSN (Robust Security Network) permitindo uma comunicação mais segura em relação a outras tecnologias. Está inserido o protocolo WPA que provê soluções de segurança para o protocolo WEP. Também foi implementado o protocolo WPA2 que utiliza o algoritmo de criptografia AES (Advanced Encryption Standard). Estes mecanismos de segurança serão vistos na Aula 4 – Mecanismos de Segurança.
1.4.5 802.11n
Seu principal objetivo é aumentar a velocidade de 54Mbps para até 600Mbps sendo utilizado quatro canais para transmissão. Em relação aos padrões atuais há poucas mudanças. A mais significativa delas é uma modificação do OFDM, conhecida como MIMO-OFDM (Multiple Input, Multiple Out-OFDM). O MIMO-OFDM faz agregação de quadros transmitidos em múltiplos canais na camada MAC. Ao contrário dos padrões 802.11a e 802.11g que operam com canais de 20Mhz, os canais do 802.11n operam em uma faixa de frequência de 40Mhz por canal fazendo com que praticamente a taxa efetiva de transmissão dobre. O aparelho access point pode, por exemplo, transmitir com duas antenas e receber com três (normalmente um access point possui de três a seis antenas).
1.5 ARCNET
Anexed Resource Computer Network (Arcnet abreviado) é um protocolo de comunicação para redes de área local. Arcnet foi a primeira rede amplamente disponível para microcomputadores, tornou-se popular na década de 1980 para tarefas de automação de escritório. Posteriormente, foi aplicada a sistemas embarcados, onde certas características do protocolo são especialmente úteis.
A Arcnet é uma arquitetura de rede antiga, que existe desde a década de 70. De lá pra cá houve avanços, mas não o suficiente para manter as redes Arcnet competitivas frente às redes Ethernet e outras tecnologias modernas. As redes Arcnet são capazes de transmitir a apenas 2.5 mbps e quase não existem drivers for Windows para as placas de rede. Poucas pessoas ainda a usam atualmente em modo de compatibilidade, usando drivers MS-DOS antigos.Atualmente as redes Arcnet estão em vias de extinção, placas Arcnet à venda são raras e mesmo que as consiga, enfrentará uma via sacra atrás de drivers para conseguir fazê-las funcionar, isso se conseguir.
Apesar de suas limitações, o funcionamento de rede Arcnet é bem interessante por causa de sua flexibilidade. Como a velocidade de transmissão dos dados é bem mais baixa, é possível usar cabos coaxiais de até 600 metros, ou cabos UTP de até 120 metros. Por serem bastante simples, os hubs Arcnet também são baratos. O funcionamento lógico de uma rede Arcnet também se baseia num pacote de Token, a diferença é que ao invés do pacote ficar circulando pela rede, é eleita uma estação controladora da rede, que envia o pacote de Token para uma estação de cada vez. Apesar de completamente obsoletas, muitos dos conceitos usados nas redes Arcnet foram usados para estabelecer os padrões atuais de rede.
1.6 IEEE 802.6 - DQDB - Distributed Queue Dual Bus
O grupo de trabalho IEEE 802.6 surgiu no segundo semestre de 1981 com o objetivo de definir um padrão para transporte de dados em alta velocidade numa região metropolitana. Em 1986 a Telecom da Austrália apresenta uma proposta denominada QPSX( Queued Packet and Synchronous circuit eXchange ), sendo esta adotada em 1987 pelo grupo IEEE 802.6 como padrão, sendo chamada agora de DQDB( Distributed Queue Dual Bus ).
O DQDB proporciona duas formas de comunicação integradas, são elas, comutação de circuitos e comutação de pacotes, sendo que a capacidade total do canal é compartilhada de forma flexível e completa entre os dois modos de comutação. Estes dois modos funcionam independentemente, mas juntosproporcionam o suporte básico para a integração de serviços isócronos( audio, vídeo, etc. ) e não-isócronos( troca de dados, telemetria, etc. ) na mesma rede. Os canais de comutação de circuitos no DQDB podem ser configurados desde taxas muito baixas até taxas altas que suportam transmissão de vídeo e interfaces RDSI. A arquitetura é baseada em dois barramentos unidirecionais que carregam dados em sentidos opostos. Cada estação da rede tem acesso aos dois barramentos. A conexão de uma estação ao barramento é feita com uma ligação de leitura direta ao barramento e uma ligação de escrita através de uma porta lógica ou.
Uma rede DQDB é essencialmente não-bloqueável e pode conter um número ilimitado de estações conectadas. Além disso, apresenta importantes características operacionais como: alta confiabilidade, controle de congestionamento e tolerância a falhas. Atualmente sistemas DQDB estão sendo instalados por muitas operadoras em cidades inteiras, com comprimentos que chegam a até 160 quilômetros (99 milhas) com velocidades de uma linha DS3 (44,736 Mbit /s)]. Outras implementações são o uso de fibra óptica por um período de até 100 km e velocidades de cerca de 150 Mbit / s.
1.7 Cambridge Ring
O Anel Cambridge foi uma das primeiras redes locais (LANs). Operou-se com uma taxa de linha de 10 Mbps usando um tamanho de ranhura de 38 bits. Dois bytes de endereço e os dois bytes de dados foram realizadas em cada ranhura. Foi basicamente uma arquitetura de rede local experimental que foi desenvolvida na universidade Cambridge em meados dos anos 70. Essa rede utiliza topologia de anel com 255 nós. Pacotes são carregados da maquina que envia e marcados como recebido pela maquina destino e descarregados no retorno ao remetente, assim pode-se haver tantos remetentes simultâneos como pacotes. Pessoas associadas com o projeto incluem Andy Hopper, David Wheeler, Maurice Wilkes, e Roger Needham
1.8 Bluetooth
Desenvolvida pela Ericsson em 1994, este padrão de comunicação sem fio de curto alcance é utilizado em inúmeros dispositivos, como telefones celulares, mouses, joysticks, câmeras digitais, impressoras, teclados, cd players, fones de ouvido, entre outros. Este padrão de comunicação utiliza uma faixa de rádio não licenciada ISM (industrial, scientific, medical) entre 2,4 GHz e 2,485GHz e opera comuma taxa de transferência de dados de 1Mbps para baixo consumo de energia até 24Mbps para alta velocidade.
A estrutura de uma rede baseada na tecnologia Bluetooth Wireless Personal Area Network (BT-WPAN) é formada por piconets, que é um conjunto de no máximo oito dispositivos Bluetooth. Dentro das piconets um dispositivo é designado mestre e os outros escravos, sendo possível a comunicação de diferentes piconets através do dispositivo mestre comum entre ambas, assim temos a formação de uma scatternet. A dificuldade de manutenção e troca de bateria torna a autonomia energética um fator crítico para a escolha da tecnologia de comunicação entre os sensores.
REFERÊNCIAS
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Redes de Sensores sem Fio. Disponível em: <http://www.gta.ufrj.br/grad/10_1/rssf/protocolos.html> Acesso em: 13 de abril de 2014
Cambridge University, Cambridge Ring Hardware. Disponível em: <http://web.archive.org/web/20120716230723/http://koo.corpus.cam.ac.uk/projects/earlyatm/cr82/> Acessado em: 20 de abril de 2014
NewsGeneration, Rede Privada Virtual. Disponível em: <http://www.rnp.br/newsgen/9811/vpn.html> Acessado em: 13 de abril de 2014
Protocols. Disponível em:<http://www.protocols.com/> Acessado em: 18 de abril de 2014
TORRES, Gabriel Redes de Computadores. Ver. Rev. e Atual. Rio de Janeiro: Novaterra, 2010
Guia do Hardware, Arcnet. Disponível em: <hardware.com.br> Acesso em: 10 de abril de 2014
1.1 Ethernet
Em 1973, os pesquisadores Bob Metcalfe e David Boggs, do Xerox Corporation's Palo Alto Research Center (mais conhecido como PARC), criaram e testaram a primeira rede Ethernet. Metcalfe tentava conectar o computador "Alto" da Xerox a uma impressora e acabou desenvolvendo um método físico de cabeamento que conectava os dispositivos na Ethernet. Ele também criou os padrões de comunicação em cabos. Com o amadurecimento das redes, o padrão Ethernet cresceu para agregar novas tecnologias. Mas os mecanismos de operação de todas as redes Ethernet atuais se baseiam no sistema original de Metcalfe.
O conceito de ethernet se baseia na comunicação compartilhada por um único cabo para todos os dispositivos da rede. O dispositivo conectado ao cabo tem a capacidade de se comunicar com qualquer outro dispositivo, permitindo que a rede se expanda para acomodar novos dispositivos sem ter de modificar os dispositivos antigos. O nome ethernet vem da ideia de pontos da rede enviando mensagens (pacotes), através de um cabo comum ou canal, chamado de éter (ether), sendo uma referencia ao éter luminífero. Cada ponto tem uma chave de 48 bits única, conhecida como endereço mac, que assegura que todos os endereços dessa rede tenham endereços distintos.
Dados gerais:
- Método de acesso: CSMA/CD
- Taxa de transmissão: 10 Mbits/seg
- Topologia física: barramento, estrela, árvore
- Unidade de informação: pacote, com tamanho variável, desde 60 bytes a 1514 bytes
- Os pacotes podem percorrer vários caminhos para atingir o destino final
- Topologia lógica: barramento
1.2 Token Ring
Desenvolvida pela IBM em meados de 1980, opera a uma velocidade de transmissão de 4 a 16 Mbps, utilizando como meio de transmissão o par trançado, sendo que, o protocolo token funciona passando uma permissão de transmissão para cada estação do anel consecutivamente e essa permissão fornecida pelo protocolo é chamada de token (bastão ou ficha de passagem) a qual vai passando de estação em estação na rede.
Diferentemente das redes Ethernet que usam uma topologia lógica de barramento, as redes Token Ring utilizam uma topologia lógica de anel. Quanto à topologia física, é utilizado um sistema de estrela parecido com o 10BaseT, onde se tem hubs inteligentes com 8 portas cada ligados entre si. Tanto os hubs quanto as placas de rede e até mesmo os conectores dos cabos têm que ser próprios para redes Token Ring. Existem alguns hubs combo, que podem ser utilizados tanto em redes Token Ring quanto em redes Ethernet.
O custo de montar uma rede Token Ring é muito maior que o de uma rede Ethernet, e sua velocidade de transmissão está limitado a 16 mbps, contra os 100 mbps permitidos pelas redes Ethernet. Porém, as redes Token Ring trazem algumas vantagens sobre sua concorrente: a topologia lógica em anel é quase imune a colisões de pacote, e pelas redes Token Ring obrigatoriamente utilizarem hubs inteligentes, o diagnóstico e solução de problemas é mais simples. Devido a estas vantagens, as redes Token Ring ainda são razoavelmente utilizadas em redes de médio a grande porte. Contudo, não é recomendável pensar em montar uma rede Token Ring para seu escritório, pois os hubs são muito caros e a velocidade de transmissão em pequenas redes é bem mais baixa que nas redes Ethernet.
A transmissão de dados em redes Token também é diferente. Ao invés de serem irradiados para toda a rede, os pacotes são transmitidos de estação para estação (daí a topologia lógica de anel). A primeira estação transmite para a segunda, que transmite para a terceira, etc. Quando os dados chegam à estação de destino, ela faz uma cópia dos dados para sí, porém, continua a transmissão dos dados. A estação emissora continuará enviando pacotes, até que o primeiro pacote enviado dê uma volta completa no anel lógico e volte para ela. Quando isto acontece, a estação pára de transmitir e envia o pacote de Token, voltando a transmitir apenas quando receber novamente o Token. Indústrias utilizam este tipo de rede em suas linhas de montagem.
Evolução da velocidade da rede Token Ring:
- Token Ring: 4 a 16 Mbits/seg
- Direct Token Ring ou Full-Duplex Token Ring: 32 Mbits/seg
- High Speed Token Ring: 100 Mbits/seg
- Gigabit Token Ring: 1 Gbits/seg
1.3 FDDI
Com a finalidade de desenvolver uma rede de alto desempenho de propósito geral (FDDI), o grupo de trabalho ANSI (American National Standard Institute) X3T9. 5 foi formado, em 1980, o qual adotou a estrutura do projeto IEEE 802 para redes locais.
Características:
- Fibra óptica
- Alta velocidade: 100 Mbits/seg
- Longa distância
- Redes de trafego intenso
- Símbolos: 32 símbolos - sequências de 5 bits ( 16 símbolos de dados(O-F), 8 símbolos de controle(Q, H, I, J, K, T, R, S), 8 símbolos de violação(V))
Evolução do FDDI – FDDI II:
- Mesma arquitetura física do FDDI
- Serviço isócrono
- Estação que não opere o FDDI II, ele não é ativado
- FDDI III:
- EPSL (Enhanced Performance and Services LAN)
- Nova geração da FDDI
- Serviço assíncrono
- Modo de Transferência assíncrono (ATM)
- Compatível com a SDH (Syncrhonous Digital Hierarchy)
- - STS-3 (155,52 Mbps)
- - STS-12 (622,08 Mbps)
- - STS-48 (2,4 Gbps)
1.4 Wi-Fi (IEEE 802.11)
As redes sem fio estão se tornando cada vez mais populares pela sua facilidade de instalação/configuração. A tecnologia wireless (sem fio) é uma alternativa às redes locais cabeadas ou pode ser usada como uma extensão da rede cabeada utilizando radiofrequência (RF). Também chamado de Wi-Fi, define os padrões para funcionamento de redes sem fios por meio de radiofrequência. Sua arquitetura foi criada para funcionar como link final entre o usuário, sem fio, e a rede, com fios, cabos, switches, roteadores etc.
A comunicação ao longo da rede sem fio é muito parecida com a comunicação de rádio emissor-receptor. Funciona assim: o adaptador sem fio para computador traduz os dados na forma de um sinal de rádio e os transmite usando uma antena. Então o roteador sem fio recebe o sinal e o decodifica. Depois envia a informação para a Internet usando uma conexão física Ethernet com fios. O processo também funciona ao contrário, com o roteador recebendo informação da Internet, traduzindo-a na forma de sinal de rádio e enviando-a para o adaptador sem fio do computador.
Padrões:
1.4.1 802.11a
Opera em taxas de até 54Mbps, utiliza a tecnologia OFDM para gerar osinal. Este padrão foi criado em conjunto com o padrão 802.11b. Não existe uma comunicação com o padrão 802.11b pois o padrão 802.11a utiliza a frequência 5Ghz.
1.4.2 802.11b
Criado em julho de 1998, este padrão só foi aprovado em setembro de 1999. Este utiliza a tecnologia spread spectrum DSSS operando com taxas de até 11Mbps.
1.4.3 802.11g
Este padrão é uma extensão do padrão 802.11b. Apesar de existir uma compatibilidade entre estes padrões por trabalharem na mesma faixa de frequência, há uma diferença entre eles pois o padrão 802.11g utiliza OFDM ao invés do DSSS. A tecnologia de transmissão OFDM por ser mais eficiente chega a uma taxa de transmissão de 54Mbps.
1.4.4 802.11i
Este padrão foi homologado em julho de 2004. O IEEE 802.11i diz respeito aos mecanismos de autenticação e privacidade sendo seu principal protocolo conhecido como RSN (Robust Security Network) permitindo uma comunicação mais segura em relação a outras tecnologias. Está inserido o protocolo WPA que provê soluções de segurança para o protocolo WEP. Também foi implementado o protocolo WPA2 que utiliza o algoritmo de criptografia AES (Advanced Encryption Standard). Estes mecanismos de segurança serão vistos na Aula 4 – Mecanismos de Segurança.
1.4.5 802.11n
Seu principal objetivo é aumentar a velocidade de 54Mbps para até 600Mbps sendo utilizado quatro canais para transmissão. Em relação aos padrões atuais há poucas mudanças. A mais significativa delas é uma modificação do OFDM, conhecida como MIMO-OFDM (Multiple Input, Multiple Out-OFDM). O MIMO-OFDM faz agregação de quadros transmitidos em múltiplos canais na camada MAC. Ao contrário dos padrões 802.11a e 802.11g que operam com canais de 20Mhz, os canais do 802.11n operam em uma faixa de frequência de 40Mhz por canal fazendo com que praticamente a taxa efetiva de transmissão dobre. O aparelho access point pode, por exemplo, transmitir com duas antenas e receber com três (normalmente um access point possui de três a seis antenas).
1.5 ARCNET
Anexed Resource Computer Network (Arcnet abreviado) é um protocolo de comunicação para redes de área local. Arcnet foi a primeira rede amplamente disponível para microcomputadores, tornou-se popular na década de 1980 para tarefas de automação de escritório. Posteriormente, foi aplicada a sistemas embarcados, onde certas características do protocolo são especialmente úteis.
A Arcnet é uma arquitetura de rede antiga, que existe desde a década de 70. De lá pra cá houve avanços, mas não o suficiente para manter as redes Arcnet competitivas frente às redes Ethernet e outras tecnologias modernas. As redes Arcnet são capazes de transmitir a apenas 2.5 mbps e quase não existem drivers for Windows para as placas de rede. Poucas pessoas ainda a usam atualmente em modo de compatibilidade, usando drivers MS-DOS antigos.Atualmente as redes Arcnet estão em vias de extinção, placas Arcnet à venda são raras e mesmo que as consiga, enfrentará uma via sacra atrás de drivers para conseguir fazê-las funcionar, isso se conseguir.
Apesar de suas limitações, o funcionamento de rede Arcnet é bem interessante por causa de sua flexibilidade. Como a velocidade de transmissão dos dados é bem mais baixa, é possível usar cabos coaxiais de até 600 metros, ou cabos UTP de até 120 metros. Por serem bastante simples, os hubs Arcnet também são baratos. O funcionamento lógico de uma rede Arcnet também se baseia num pacote de Token, a diferença é que ao invés do pacote ficar circulando pela rede, é eleita uma estação controladora da rede, que envia o pacote de Token para uma estação de cada vez. Apesar de completamente obsoletas, muitos dos conceitos usados nas redes Arcnet foram usados para estabelecer os padrões atuais de rede.
1.6 IEEE 802.6 - DQDB - Distributed Queue Dual Bus
O grupo de trabalho IEEE 802.6 surgiu no segundo semestre de 1981 com o objetivo de definir um padrão para transporte de dados em alta velocidade numa região metropolitana. Em 1986 a Telecom da Austrália apresenta uma proposta denominada QPSX( Queued Packet and Synchronous circuit eXchange ), sendo esta adotada em 1987 pelo grupo IEEE 802.6 como padrão, sendo chamada agora de DQDB( Distributed Queue Dual Bus ).
O DQDB proporciona duas formas de comunicação integradas, são elas, comutação de circuitos e comutação de pacotes, sendo que a capacidade total do canal é compartilhada de forma flexível e completa entre os dois modos de comutação. Estes dois modos funcionam independentemente, mas juntosproporcionam o suporte básico para a integração de serviços isócronos( audio, vídeo, etc. ) e não-isócronos( troca de dados, telemetria, etc. ) na mesma rede. Os canais de comutação de circuitos no DQDB podem ser configurados desde taxas muito baixas até taxas altas que suportam transmissão de vídeo e interfaces RDSI. A arquitetura é baseada em dois barramentos unidirecionais que carregam dados em sentidos opostos. Cada estação da rede tem acesso aos dois barramentos. A conexão de uma estação ao barramento é feita com uma ligação de leitura direta ao barramento e uma ligação de escrita através de uma porta lógica ou.
Uma rede DQDB é essencialmente não-bloqueável e pode conter um número ilimitado de estações conectadas. Além disso, apresenta importantes características operacionais como: alta confiabilidade, controle de congestionamento e tolerância a falhas. Atualmente sistemas DQDB estão sendo instalados por muitas operadoras em cidades inteiras, com comprimentos que chegam a até 160 quilômetros (99 milhas) com velocidades de uma linha DS3 (44,736 Mbit /s)]. Outras implementações são o uso de fibra óptica por um período de até 100 km e velocidades de cerca de 150 Mbit / s.
1.7 Cambridge Ring
O Anel Cambridge foi uma das primeiras redes locais (LANs). Operou-se com uma taxa de linha de 10 Mbps usando um tamanho de ranhura de 38 bits. Dois bytes de endereço e os dois bytes de dados foram realizadas em cada ranhura. Foi basicamente uma arquitetura de rede local experimental que foi desenvolvida na universidade Cambridge em meados dos anos 70. Essa rede utiliza topologia de anel com 255 nós. Pacotes são carregados da maquina que envia e marcados como recebido pela maquina destino e descarregados no retorno ao remetente, assim pode-se haver tantos remetentes simultâneos como pacotes. Pessoas associadas com o projeto incluem Andy Hopper, David Wheeler, Maurice Wilkes, e Roger Needham
1.8 Bluetooth
Desenvolvida pela Ericsson em 1994, este padrão de comunicação sem fio de curto alcance é utilizado em inúmeros dispositivos, como telefones celulares, mouses, joysticks, câmeras digitais, impressoras, teclados, cd players, fones de ouvido, entre outros. Este padrão de comunicação utiliza uma faixa de rádio não licenciada ISM (industrial, scientific, medical) entre 2,4 GHz e 2,485GHz e opera comuma taxa de transferência de dados de 1Mbps para baixo consumo de energia até 24Mbps para alta velocidade.
A estrutura de uma rede baseada na tecnologia Bluetooth Wireless Personal Area Network (BT-WPAN) é formada por piconets, que é um conjunto de no máximo oito dispositivos Bluetooth. Dentro das piconets um dispositivo é designado mestre e os outros escravos, sendo possível a comunicação de diferentes piconets através do dispositivo mestre comum entre ambas, assim temos a formação de uma scatternet. A dificuldade de manutenção e troca de bateria torna a autonomia energética um fator crítico para a escolha da tecnologia de comunicação entre os sensores.
REFERÊNCIAS
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Redes de Sensores sem Fio. Disponível em: <http://www.gta.ufrj.br/grad/10_1/rssf/protocolos.html> Acesso em: 13 de abril de 2014
Cambridge University, Cambridge Ring Hardware. Disponível em: <http://web.archive.org/web/20120716230723/http://koo.corpus.cam.ac.uk/projects/earlyatm/cr82/> Acessado em: 20 de abril de 2014
NewsGeneration, Rede Privada Virtual. Disponível em: <http://www.rnp.br/newsgen/9811/vpn.html> Acessado em: 13 de abril de 2014
Protocols. Disponível em:<http://www.protocols.com/> Acessado em: 18 de abril de 2014
TORRES, Gabriel Redes de Computadores. Ver. Rev. e Atual. Rio de Janeiro: Novaterra, 2010
Guia do Hardware, Arcnet. Disponível em: <hardware.com.br> Acesso em: 10 de abril de 2014
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